



são paulo imperial: escravidão, cativeiros, monumentos e apagamentos históricos, 2017
desenho feito com pemba branca (giz utilizado em rituais de Umbanda) e lápis dermatográfico sobre algodão preto, placa de compensado gravada a laser e mapa da região central da cidade de São Paulo
fotos Igor Vidor
No Brasil, o dia 24 de maio é dedicado a celebração do Dia Nacional do Café. De origem Africana, o café foi introduzido no Brasil por volta do ano de 1720 na província do Pará por Francisco de Mello Palheta. Porém, somente depois de quase um século o café tornou-se um item de grande importância para a economia e para a sociedade brasileira passando a figurar como elemento central na construção da História do país.
Tomando emprestada esta data como índice de pesquisa, o trabalho “São Paulo Imperial: escravidão, cativeiros, monumentos e apagamentos históricos” consiste no levantamento iconográfico da presença da escravidão no centro da cidade de São Paulo, e busca refletir como o apagamento/demolição dos espaços destinados a suplícios, violência e assassinatos de corpos escravizados, na região central da cidade de São Paulo, serviu para a construção do mito de democracia racial e mestiçagem, que até hoje vigora como elementos da “sociabilização” do povo brasileiro.